sábado, 24 de setembro de 2011

MUNDO SÓ COM FADAS poema poesia e filosofia de minha filha


                            Mundo só com Fadas.
Áurea Valério de Sousa, 9 anos de idade. Teresina, 24/08/11

Sabe de que mundo estou falando ?
Só pode ser o nosso,
Não somos só humanos,
também somos Fadas!

Fadas de cores,
Estilos e caminhos
diferentes !

Também podemos voar,
mas voar onde ?!
Voar na imaginação,
imaginação que deve voar.

Você já tentou voar ?
Não se preocupe,você consegue !
É melhor tentar,voar no mundo que
você gosta !

Se você gosta de sonhar,
isso também é Voar !
Tente você,só você !

EU EXISTO PRA VIVER poema poesia e filosofia de minha filha


                            Eu existo pra viver
Áurea Valério de Sousa, 9 anos de idade. Teresina-Pi, 24/09/2011

Eu estou aqui,
Eu existo, eu estou viva.
Existo pra viver,
Pra conhecer.

Eu quero viver aqui,
Aqui é meu lugar.
Existo pra viver,
Pra conhecer.

A Terra é meu lugar,
É minha casa, é minha
Fonte de alegria.
Existo aqui, pra viver.

Eu vivo neste mundo,
Com tristezas, alegrias,
Momentos importantes.
Estou viva, pra conhecer.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

HOMENAGEM Capoeira de Quilombo


HOMENAGEM
Áureo João, Teresina-PI, 07 de setembro de 2011

Iê... iêê... iêêêêê...
Canta passarinho,
Canta para encantar a terra, o fogo, a água e o ar,
Canta para equilibrar os elementos na roda,
Canta um canto alegre para alma que é nossa,
Canta rindo com a gente, para saber que não canta sozinho.

Canta Sibito, canta!!!
um samba de roda,
um pagode de nêgo,
uma capoeira de quilombo ou de angola,
Canta o quilombo mundo na roda que encanta.

Viva a quizomba que é boa no quilombo mundo,
ria o riso de festa e da luta,
ofereça gargalhadas de criança ao vento que zôa,
assunte a risada que nos agoura má sorte e nos zomba à toa;
gira com ancestrais na roda, vivos em mundo quilombo.

Canta, Voa e gira Sibito, como nêgo vivo gente.
Ginga na roda que é sua e que é nossa,
Faz capoeira de quilombo mundo,
com os pés que pisam em aruanda,
com alegria e filosofia da capoeira que é da gente.

Voa passarinho; Voa um vôo alto, para ver a Terra toda e o Mar.
Pássaro que é livre voa para ver o quilombo quilombar;
Sibito que é livre voa como besouro no ar para ver o quilombo de lá,
Voa tiziu, voa pardal, voa azulão, voa canário, voa gavião, voa sabiá,
para ver quilombo quilombar quilombolar;
... ... ... ... Iê... iêê... iêêêêê... Quilombo Vive!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MANIFESTO poema poesia filosofia


MANIFESTO
Áureo João
Teresina-PI, 07 de setembro de 2011

Data vênia, Excelência Doutor X,
O que faz sua autoridade especial?
Eu não sei... Não sei...

Não faz poesia, ironia, algazarra, nem anarquia,
Não dorme sem janta,
Não toma café sem pão,
Não come beiju de goma, cuscuz no azeite, farofa com ovo,
Não almoça baião de dois, feijão com arroz.
Éh!!!

Data vênia, Excelência Doutor X,
O que faz sua autoridade especial?
Eu não sei... Não sei...

Não faz bom dia com gente como a gente,
Não traz felicidade à juventude, mocidade, melhor idade,
Não vive na correria,
Não conhece lógica, poética, linguagem e vida de periferia

Data vênia, Excelência Doutor X, Y, Z
Cadê você?
Cadê você?
Que não se vê,
Não se enxerga, não se rever...

Data vênia, Excelência de Doutor,
O que produz a sua autoridade especial?
Eu não sei!!!  Não sei!!!

Não dá lucro prá sociedade,
Não produz a comida que estraga,
Não faz a bebida que derrama,
Não traz felicidade à juventude, mocidade, melhor idade,

Data vênia, Excelência Doutor imundo,
Você não sabe quem é o cara que você chamou de vagabundo
Não!!!  Não conhece não!!!

Mas eu sei... Eu sei:
Filósofo do mundo,
Poeta da vida,
Compositor de sua história,
Construtor de boa obra!!!! Fazedor da própria vida !!!
Toma café sem broa, feijão com arroz,
Fuma cachimbo com Preto Velho,
Toma chá prá dormir de boa
Éh!!!... Éh!!!...

Data vênia, Excelência Doutor imundo infame,
Tô de olho no teu mundo,
Verme social,
Identidade do consumo desvairado insano,
Capital vagabundo,
Cerne da exclusão social.
Éh... !!!

Não faz bom dia com gente como a gente,
Não faz feliz cidade nem sustentabilidade ao campo,
Não vive com ética e paga prá ver o tombo,
Não conhece lógica, poética, linguagem e vida de mundo quilombo.

Data vênia, Excelência Doutor mau-mal,
Tu vai pagar no Tribunal.
O Juiz é Nóis,
A Justiça é da Luta nossa: coletiva e social.
Entra na roda, roda com a roda na roda do mundo, prá não cair;
Roda prá não cair só e não cair a roda, você que é o Estado vagabundo!

Você vai temer, Vai se tremer;
Vai respeitar Nóis ou vai se cagar;
Se não..., cai fora da roda.
Pisa na linha, não erra, não ferra.
É assim no Tribunal da Terra.
Éh!!! Éh!!!