Qual é a paz que defendo?
Não matar, não roubar, não...
Quem é nosso deus?
Ainda cultuamos alguma divindade?
As nossas atitudes são reveladoras da fé que pregamos?
Somos sensíveis ao sofrimento do outro ou tão-somente nos esforçamos para compartilhar dos efêmeros e superficiais momentos de alegrias entre os que consideramos iguais a nós?
Que lugar ocupa em nossas vidas o consumo?
Sejamos sinceros, coisa tão difícil em nossos tempos! O que temos feito galgar ou preservar um espaço na lógica consumista?
Quais valores realmente eu pratico no cotidiano?
Se eu clamo por paz. Qual é a paz que defendo? Um tipo que garanta o direito à vida aos que não possuem esse direito?
Qual é a paz que defendo? A paz contida pelas câmeras de segurança, alarmes e outros aparatos próprios dos condomínios de luxo?
Qual é a paz que defendo? Algum tipo de paz capaz de conter e reter o grito de milhões que sonham em poder morar em suas próprias casas?
A paz que defendo tem guarida nos suntuosos templos do “deus consumo”, nos camarotes das festas cada vez mais “Vips”, nas universidades que ensinam e formam para a manutenção dessa lógica!
Podemos subtrair do conceito de paz os sentidos e os valores representados pelos conceitos de coletividade e igualdade?
É possível vivermos em paz num mundo estupidamente desigual?
Teresina (PI), 11/10/2009.
Gonçalo Carvalho Filho.
Um comentário no rodapé: Minha gratidão às divindades que ainda regem no mundo material e espiritual, mas também à criatividade inerente da figura humana, que pensa, sente, pensa sobre o que pensa e sobre o que sente; e age no mundo... Meu amigo Gonçalo Carvalho Filho está incluso nesta categoria de inteligência humana real e dinâmica. Devo-lhe por este legado histórico. Áureo João, 42 anos. Teresina, 12 de outubro de 2009.
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