domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL


Que nossos ancestrais sejam âncoras para firmarmos nossa referência no mundo;

Que nos inspirem a sermos nós próprios no mundo que é o nosso lugar objetivo e subjetivo, mas também nos mundos outros de outrem;

À semelhança de nossos ancestrais, que assim o são porque se forjaram na experiência de bondade, justiça, ética, decência, coragem, desobediência, transgressividade, de mestre e aprendiz a um só tempo, façamo-nos pessoas merecedoras de vir a pertencer ao círculo dos ancestrais, por dignidade de nossa presença enquanto convívio com os mortais.

De nossos antepassados que não fizeram por merecer assento ao círculo dos Ancestrais, lembremos apenas do que o foram em si mesmos, em memória àqueles sobre os quais devemos superar os feitos pessoais e históricos. Será nossa referência para o que ou quem não devemos vir a ser.

Ciente de nosso devir,

Para vir a ser  o que devemos ser melhor eticamente, penso hoje, igualmente à minha reflexão posta no poema Contradições de Sabedorias (fev.2010), acolher o natal, o nascimento de Jesus Cristo, a presença de Jesus Cristo em nossa existência íntima ou, se necessário for, negá-los integralmente como parte de nossa referência íntima e personalíssima, sem medo nem remorso, mas sem olvidarmos das multifaces da experienciação humana.

Saúdo aos Seres Divinizados Todos, cada um com suas faces particulares; cada um com seus atributos particulares; cada um com seus conceitos particulares; cada um com seus feitos. Cada um no seu mundo cultural, nem mais nem menos.

Saúdo às Mulheres, aos Homens e às todas Variações que se possam dizer, por autoatribuição e autodeterminação, humanas; cada um e uma por ser o que é.

Saúdo às pessoas todas que compartilharam suas existências, seus saberes e seus modos de viver, nas circunstâncias que já nos oportunizaram e nós já nos permitimos fazê-lo. Conspiro para que o façamos [mutuamente] em novas experienciações de nosso devir, por escolha autônoma.

Áureo João.

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