EXALTAÇÃO
AO NEGRO
Gangazumba
Negreiros (pseudônimo), Teresina, 08/09/1986.
Criatura do sol, do
arco-íris,
Somatório das cores que há
na Terra,
Infinita grandeza em mim se
encerra.
Tenho
força e vou mudar o mundo!
Sou
raça negra,
Sou
raça forte...
Não
temo a vida,
Não temo a morte!
Muitas guerras já tive e as
venci,
Não há grilhões que me façam
prisioneiros.
Sou pacífico, porém sei ser
guerreiro
Quando
roubam minha liberdade!
Sou
raça negra,
Sou
raça forte...
Não
temo a vida,
Não temo a morte!
Minha consciência negra é
exultante,
O orgulho de ser negro é bem
mais forte.
E essa condição não é mera
sorte,
É
conquista que eu faço a cada instante!
Sou
raça negra,
Sou
raça forte...
Não
temo a vida,
Não temo a morte!
Há quilombos por todo o
Universo,
Há Zumbis circulando por aí.
Outros tantos ainda vão
surgir
das senzalas,
dos guetos, de Soweto!
Sou
raça negra,
Sou
raça forte...
Não
temo a vida,
Não temo a morte!
Para cada Apartheid há um
Desmond Tutu,
Não adianta Ku Klux Klan, há
Luther King.
Nesta raça, nem mesmo extingue
A busca
pela vida, plenamente!
Sou
raça negra,
Sou
raça forte...
Não
temo a vida,
Não temo a morte!
Sou tambor, capoeira,
caruru,
Afoxé, terecô, sou de
Palmares.
Sou senhor das montanhas e
dos mares,
Protegido
de Iansã, filho de Ogum!
Sou
raça negra,
Sou
raça forte...
Não
temo a vida,
Não
temo a morte!
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Caros leitores e Caras Leitoras deste
blog,
Eu não conheço o
autor desta pérola e creio que o criador deste poema não tenha a versão
original desta obra. Eu guardo uma cópia datada em manuscrito (a data) de “08/09/86”,
que me foi emprestada por uma pessoa que conheceu o poeta. Hoje, não sei onde
encontrar essa pessoa, além de não saber quem é a pessoa do autor.
No sentido de
possibilitar a divulgação da obra, com o devido crédito, bem como viabilizar o
encontro da criação com seu criador, peço a gentileza de vocês (de Teresina,
especialmente) quanto à publicidade da obra e às investigações do autor. Contatos: aureojoao@yahoo.com.br.
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