quinta-feira, 23 de agosto de 2012

EXALTAÇÃO AO NEGRO


EXALTAÇÃO AO NEGRO
Gangazumba Negreiros (pseudônimo), Teresina, 08/09/1986.

Criatura do sol, do arco-íris,
Somatório das cores que há na Terra,
Infinita grandeza em mim se encerra.
Tenho força e vou mudar o mundo!
Sou raça negra,
Sou raça forte...
Não temo a vida,
Não temo a morte!
Muitas guerras já tive e as venci,
Não há grilhões que me façam prisioneiros.
Sou pacífico, porém sei ser guerreiro
Quando roubam minha liberdade!
Sou raça negra,
Sou raça forte...
Não temo a vida,
Não temo a morte!
Minha consciência negra é exultante,
O orgulho de ser negro é bem mais forte.
E essa condição não é mera sorte,
É conquista que eu faço a cada instante!
Sou raça negra,
Sou raça forte...
Não temo a vida,
Não temo a morte!
Há quilombos por todo o Universo,
Há Zumbis circulando por aí.
Outros tantos ainda vão surgir
das senzalas, dos guetos, de Soweto!
Sou raça negra,
Sou raça forte...
Não temo a vida,
Não temo a morte!
Para cada Apartheid há um Desmond Tutu,
Não adianta Ku Klux Klan, há Luther King.
Nesta raça, nem mesmo extingue
A busca pela vida, plenamente!
Sou raça negra,
Sou raça forte...
Não temo a vida,
Não temo a morte!
Sou tambor, capoeira, caruru,
Afoxé, terecô, sou de Palmares.
Sou senhor das montanhas e dos mares,
Protegido de Iansã, filho de Ogum!
Sou raça negra,
Sou raça forte...
Não temo a vida,
Não temo a morte!
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Caros leitores e Caras Leitoras deste blog,
Eu não conheço o autor desta pérola e creio que o criador deste poema não tenha a versão original desta obra. Eu guardo uma cópia datada em manuscrito (a data) de “08/09/86”, que me foi emprestada por uma pessoa que conheceu o poeta. Hoje, não sei onde encontrar essa pessoa, além de não saber quem é a pessoa do autor.
No sentido de possibilitar a divulgação da obra, com o devido crédito, bem como viabilizar o encontro da criação com seu criador, peço a gentileza de vocês (de Teresina, especialmente) quanto à publicidade da obra e às investigações do autor. Contatos: aureojoao@yahoo.com.br.


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