quarta-feira, 7 de abril de 2010

UM CENÁRIO POLÍTICO E MUITOS PETISTAS NO GOVERNO DO PIAUÍ

QUANDO A FÁBULA SE CONFUNDE COM A REALIDADE,
É HORA DE ASSUNTAR O MUNDO !!!
Um olhar sobre o cenário político e muitos PeTistas no Governo.

Áureo João. 42 anos.
Teresina/PI, Domingo da Páscoa de 2010.
aureojoao@yahoo.com.br
http://www.aureojoao.blogspot.com/



Mas também, quando a sátira nos confunde na realidade social e política concretas, é chegada a hora de auscultar a si mesmo e ao mundo em que suas ações operam.

Para o caso desta crítica, tomemos em especial as ações institucionais, as políticas públicas, as condutas manifestas no tratamento das demandas que lhes desafiaram e as atitudes dos militantes PeTistas, no ambiente de Governo do Estado do Piauí, em um lance rápido de 2003 até agora.

Pois bem!!! Assunte:

- Cadê meu Cargo que estava aqui, até ontem?

- O Gato comeu...! Ou melhor, o Coelhinho da Páscoa comeu !!!

- Mas, cadê a “faca e o queijo” que estavam em minhas mãos até ontem e em poder de meu governo desde sete anos que já se passaram?

- A Raposa Velha comeu!!!

- Mas, cadê a Raposa Velha? Para onde ela foi? Onde ela está agora? Como e o que posso fazer para manter ou recuperar o Cargo, a faca, o queijo e minha mão? Onde tem uma garrucha para dar-lhe um tiro matador ou uma azagaia, foice e martelo, ou uma estrela – ainda que esta seja de algum xerife - para um golpe de misericórdia?

- A Raposa Velha, com sua astúcia, está dentro de seu território, de sua casa, deitada em suas redes e enlaçada com seus entes queridos, protegida sob a sombra da estrela distintiva do Xerife que era maior!!!

- Mas... Cadê a água da piscina e a água da praia, que eu banhava até ontem?

- O Boi bebeu!!! E a bebida que tinha no copo, também!

- É brincadeirinha...!!! É só uma fábula contada no dia primeiro de abril de 2010 – Dia da Mentira. E a traição da Raposa Velha é só um enredo de Semana Santa. Mas o roteiro foi escrito antes da quaresma!!!

Melhor seria pensar e estar seguro de que você não vai perder seu Cargo de Representação, Função ou Comissão e, junto, suas preocupações, tensões, problemas, demandas sociais correlatas e suas regalias de poder e finanças, a partir de um roteiro solene, apresentado no dia da mentira e no seio do retiro da semana santa. Melhor, ainda, seria testemunhar que a “faca e o queijo” que estiveram em suas mãos; e suas mãos - e o poder que isso representa – tenham sido gerenciados de forma digna e para o alcance dos direitos de muitos - a maioria de preferência -, já que o tempo pode ter sido pouco para contemplar a todos e a todas.

Ainda mais elevado será conferir que a missão que lhe foi posta gozara de um conjunto de cuidados, de um programa organizado de ações e tarefas, de profissionalismo, de conduta ética, de respeito e zelo aos usuários de seus serviços institucionais e, antes que a Raposa Velha materialize sua astuciosa obra completa, você tenha exercido a sabedoria de “dar conta do seu recado”, de fazer acontecer o que lhe foi posto para ser feito; que você tenha deixado o gesto de sua sabedoria como acréscimo à sabedoria de todos os homens e de todas as mulheres que compartilharam ou lhe confrontaram pela causa que seu Cargo proporcionou; que você tenha aprendido com a sabedoria dos aliados e dos contestadores que estiveram em seu caminho. Incontáveis PeTistas comportaram este perfil, por ocasião do exercício de seus cargos em nome do Governo do PT, no Piauí. Os efeitos de sua presença estão plasmados em situações políticas e sociais comprováveis por amigos, aliados, contestadores e inimigos.

Lamentável será o roteiro que nos obrigará a assuntar sobre suas contestáveis lamúrias, típicas daquelas pessoas do PT que passaram seu tempo de executivo – “com a faca e o queijo na mão; e as mãos abanando...; ou segurando a cabeça” - dedicando-se ao exclusivo exercício de bajular o Governador e Parlamentares, com o mero propósito de manter-se agarrado(a) no Cargo e regalias respectivas, enquanto o outro tempo que lhe restava ocupou-se apenas para fazer lamentação de “impossibilidades”, “dificuldades”, “falta de recursos”, “falta de condições”, bem como para inventar justificativas fajutas com o propósito de encobrir sua pouca criatividade, sua mediocridade política e profissional. Acrescente-se, a culpa que você atribuiu aos segmentos usuários de seus serviços como sendo responsáveis por seu inexpressivo desempenho, em discursos conhecidos e repetitivos do tipo: “falta projeto para ser atendido”; “não tem demanda”; “não nos enviou o ofício solicitando os recursos”; “ninguém me disse nada”; “eu já fiz minha parte, mas o outro emperrou”; “não dá”; “não pode”... e outras besteiras mentais e burocráticas, que nada serviram !!! Algumas pessoas do PT fizeram esse tipo de mrd. no Governo do Piauí, em instituições estatais públicas.

Em órgãos e autarquias federais, com sede no Piauí, também é possível testemunhar exemplos das duas categorias acima.

Os agravantes tomam forma nos casos em que os homens e as mulheres PeTistas, ao serem possuídos pelos poderes investidos em seus Cargos e Funções, esqueceram de dedicar continuada e atenciosa atenção política e institucional aos segmentos sociais, organizações informais, movimentos e entidades da sociedade civil que, antes do Cargo, eram suas referências e bases de sustentação política. Além disso, não poucos desprezaram a militância para o fortalecimento político do Partido dos Trabalhos e suas instâncias deliberativas.

Depois da combinação do enredo desta última semana santa e do último dia da mentira, uma parte de PeTistas detentores de Cargos executivos, provavelmente, terão novas preocupações, dores de cabeça aguda e incuráveis, depressões e muitas dívidas para prestar contas, consigo mesmo/mesma, se ainda for portador(a) de consciência nobre; mas também com a parcela da sociedade que esperava mais e melhor de suas ações e, sem dúvida, com fornecedores que lhes venderam adereços de vaidades e objetos de consumo, típicos daquelas listagens constantes em seus discursos dirigidos às elites consumistas de nosso País.

Nesta segunda-feira, dia 05 de abril de 2010, muitas personalidades Comissionadas retornarão às suas jornadas – após provável jejum e penitências forçadas -, com um ponto de pauta comum: a dúvida!!!. Muita gente boa não sabe, ao certo, como dantes sabia, com que dinheiro vai pagar a prestação do carro, a mensalidade escolar, o celular de última tecnologia, seus cartões de crédito etc. Muita gente, sem a escora do poder, andará à semelhança de acometidos por labirintite: tontos e desequilibrados, não sentirão a terra sob seus pés! Não saberão, ao certo, se ainda lhes restam Cargo ou algum poder! Uma pena que, dentre estas, estarão incomparáveis pessoas, que construíram o PT, sustentaram o Governo Petista e honraram seus postos de representação, função ou comissão, que lhes compensaram com regalias legais, prestígios e adequada moral.

Aos retardatários, é conveniente compreender que o poder – no exercício de cargos de Representação, Função ou Comissão - é como uma passagem numa pinguela estendida sobre um rio de piranhas. Quem dorme no ponto da distração!!!...

Quanto às astúcias da Raposa Velha, a Matriarca Guerreira Acotirene diz: “não se encante com o sorriso do inimigo. Isto pode-lhe fazer fracassar no combate”... e Zumbi conclui: “É isso que acontece com quem pensa que pode ser amigo do inimigo”. A emboscada do Vale do Cucaú se repete e muitos caem sob a mesma técnica da armadilha. (referências extraídas do filme Quilombo, de Cacá Diegues).

E você, no atual cenário, ainda se garante!!!

Mas o número do PT tem um significado mágico. O número 13 representa o recomeço, já que é o número do sistema organizado e do término. Este número é o símbolo do determinado e particular, associado à finalização (benéfica). (...) Representa a chave do conjunto fechado (acabado, finalizado). É temido, pois tem a força de gerar algo bom ou ruim. Para os judeus, o 13 indica a evolução ou o destino (em direção da morte ou destruição, visto que este é um numero limitado, fazendo com que "todos os esforços sejam interrompidos"). Também é considerado um número marginal, que foge à regra, pois está relacionado com a iniciação. O 13 representa a eterna escalada de Sísifo com o rochedo em direção ao alto da montanha. No Tarot, o número 13 está associado à lâmina do Tarot - A Morte e é considerada uma das mais intrigantes cartas do Tarot. O número 13 é negativo e fatalista para alguns; para outros, é um número de sorte. Sugere transformação, renovação e transmutação. Esta carta não significa necessariamente uma mudança negativa. Pode estar ligada a fatos agradáveis: casamento, nascimento, mudança para outro país. Mas é quase sempre o fim de uma antiga forma de vida (http://www.terra.com.br/esoterico/monica/colunas/2006/01/13/001.htm; acesso em 04.04.2010).

Nas cartas da política e da medição de forças, a militância PeTista – em estado de hibernação há sete anos –, em querendo manter-se sob o abrigo partidário, vai ter que sair da toca, antes que as raposas e os lobos lhe comam as carnes e as inteligências que ainda contam na reserva.

...Ou vai ficar esperando que Wilson Martins e João Vicente Claudino lhe carreguem no colo???

- Cadê meu Partido que estava aqui até um dia desses?

Um comentário:

  1. Creio que o partido continua, com suas implicações éticas, mas a esperança é que um dia possa sentar e refletir que o poder não é tudo, mas servir aos mais pobres como começou. Espero que a voz do profeta continue avisando para ver o que sobrou dos hislutadores do pt.

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