EU PENSO
Áureo João de Sousa.
Teresina-PI, 14 de Junho de 2012.
Eu
penso, então existo,
Penso,
então,
que
devo existir, com razão;
Deixo
de existir sem razão?
Eu
penso,
Penso.
Eu penso
torto em linhas certas,
Penso reto
em linhas tortas e nos círculos,
Eu
penso na linha, dentro da linha e fora da linha
Eu
penso porque eu existo,
Mas eu
paro de pensar para sentir que eu existo.
Não
penso só,
Não só
penso.
Sou
penso.
Eu dou
razão ao que penso,
Mas há
paixões em que penso.
No que
penso,
há
cheiros,
há gostos,
Tatos, cores,
sons e tambores.
Eu
penso que a Razão tem suas razões,
Tantas
achadas,
Muitas
descobertas,
Milhares
perdidas,
Muitas
sem razão.
A razão
que tenho
é a
razão que tem a mim,
é uma
razão que penso.
Penso,
eu lhe dou uma vestimenta, um adorno de cabeça,
Uma fantasia,
um adereço, um endereço,
um
símbolo e a boniteza do apreço que lhe tenho.
Eu
penso como deus,
Penso,
eu penso como o instinto de um bicho comum,
Envelheço
como um vegetal,
Eu penso
que sou o que não sou,
Sou o
que não penso.
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Referência:
SOUSA, Áureo João de. Eu penso. Disponível em . Acesso em: dd/m/aa.