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Assuntar
comporta mergulhar no amor do outro, sem se deixar contagiar de sua
manifestação particular dele;
É
sentir como o outro sente o amor que é seu, por aquilo que lhe faz amar;
É
reconhecer porque o outro ama e, especialmente, como ama e os fundamentos da
expressão de seu amor;
Comporta
cuidar do seu amor particular e universal, do outro, com o saber cuidar que é,
também, de seu particular do outro;
Suporta
cuidar do amor do outro, sob o fundamento do outro e o cuidado que lhe é singular;
que é de sua identidade, sem fundir-se nem confundir-se com o outro.
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Assuntar
é encostar-se no ódio do outro, sem nutri-lo nem amenizá-lo;
É
compreender as vibrações que enraízam no ódio do outro e as dimensões em que se
realizam;
É
reconhecer a causa que ativa seu ódio dele e o torna irreconhecível à rasa racionalidade
humana;
É
reconhecer, sob o fundamento do outro, o que lhe conforta e lhe ameniza o ódio
que lhe acomete;
É
pensar, sentir e auscultar o ódio do outro como se fosse ele mesmo em atividade
de assuntar-se assuntando-se, em pura conjugação reflexiva e empática.
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SOUSA, Áureo João de. O ASSUNTADOR. Teresina, 2010.
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