O Mago e a parábola
do Sol
Áureo João de Sousa
Olha
através do sol, desfiados fios,
Da
cor da noite e do dia,
Amor
que faz em órbita solar, no fio
Rara fusão, ungia magia, de astros e corpos
Ascende
com o sol e anuncia na noite
Teu
brilho sereno em firme olhar, um brio
Urânio,
ouro, diamante negro, astros e corpos
Som zumbido, gemido, cantado, sorrido, o Sol
e a Noite
Isis
tem o sol, sem véu
Lua
com a noite
É
Ilha de amor, um feito dos deuses, com Sol e Noite
Ouro de Oxum, João e de Maria se eleva, num
cio, um brio, um brilho no céu
Nasceu
filha de encantos, embalada no canto dos deuses, de noite
À
magia das deusas, em profanos e sagrados cios
No
falo do Sol
Ante a alma e no cálice da Noite
Teus
doze de espera, anos de luz
Um
dia encandeou, encadeou, chegou à vida
Som
zumbiu, gemeu, cantou, chorou, sorriu, deu luz
Iemanjá lavou seu choro, Iansã abraçou sua
vida
Luminou,
entre a terra e o céu, vidas
É
Ifá!
Oh! dará o que veio dar: linda
felicidade e luz
Laços
de cores, odores e rufar de tambores
Entoa
um canto, num canto, de amores.
.
Isso é o que se pode chamar de dialética do amor!
ResponderExcluirLiteralmente (no sentido da literatura) você poetou a sua máxima "serenidades e inquietudes".
Oh! Dará alegria na alma e no coração de quem inspirou tão belos versos...
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