quinta-feira, 25 de abril de 2013

O MAGO E A PARÁBOLA DO SOL poema poesia e filosofia



O Mago e a parábola do Sol
Áureo João de Sousa


Olha através do sol, desfiados fios,
Da cor da noite e do dia,
Amor que faz em órbita solar, no fio
Rara fusão, ungia magia, de astros e corpos
Ascende com o sol e anuncia na noite
Teu brilho sereno em firme olhar, um brio
Urânio, ouro, diamante negro, astros e corpos
Som zumbido, gemido, cantado, sorrido, o Sol e a Noite
Isis tem o sol, sem véu
Lua com a noite
É Ilha de amor, um feito dos deuses, com Sol e Noite
Ouro de Oxum, João e de Maria se eleva, num cio, um brio, um brilho no céu
Nasceu filha de encantos, embalada no canto dos deuses, de noite
À magia das deusas, em profanos e sagrados cios
No falo do Sol
Ante a alma e no cálice da Noite
Teus doze de espera, anos de luz
Um dia encandeou, encadeou, chegou à vida
Som zumbiu, gemeu, cantou, chorou, sorriu, deu luz
Iemanjá lavou seu choro, Iansã abraçou sua vida
Luminou, entre a terra e o céu, vidas
É Ifá! Oh!  dará o que veio dar: linda felicidade e luz
Laços de cores, odores e rufar de tambores
Entoa um canto, num canto, de amores.

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2 comentários:

  1. Isso é o que se pode chamar de dialética do amor!

    Literalmente (no sentido da literatura) você poetou a sua máxima "serenidades e inquietudes".

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  2. Oh! Dará alegria na alma e no coração de quem inspirou tão belos versos...

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