quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pedro José de Alencar (2013). HAI KAI AO TEMPO.

HAI KAI AO TEMPO
Pedro José de Alencar (2013).



Parado voo
o beija-flor
fulô cheirou
vida bebeu
ficou o amor.

Longe do tempo
a queda d´água
molhou o vento
lágrima enxugou.

Na curva do riacho
murmúrio rio abaixo
as pedras cantam o rio
Aonde o tempo passa?

Somos nós que passamos o tempo,
quando ouvimos o vento
e a canção que a água trás.

A aurora e o por do sol,
mágicos momentos, portais cósmicos são.
Ciclos que abrem e fecham dia e noite,
como a aurora e o por do sol em nós.

Sol e Lua temos no firmamento,
para guiar-nos na caminhada do tempo.
De que adiantaria isto, se não vemos
o por do Sol, o beija-flor e não ouvimos o vento?



REFERÊNCIA:
ALENCAR, Pedro. Exsicata: coletânea de arroubos poéticos e outras loucaventuras alquímicas. Teresina: Gráfica Arco Íris, 2013, 116p. [Poema "Hai Kai ao Tempo", pp.101-102].
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