HAI KAI AO TEMPO
Pedro José de Alencar (2013).
Parado voo
o beija-flor
fulô cheirou
vida bebeu
ficou o amor.
Longe do tempo
a queda d´água
molhou o vento
lágrima enxugou.
Na curva do riacho
murmúrio rio abaixo
as pedras cantam o rio
Aonde o tempo passa?
Somos nós que passamos o tempo,
quando ouvimos o vento
e a canção que a água trás.
A aurora e o por do sol,
mágicos momentos, portais cósmicos são.
Ciclos que abrem e fecham dia e noite,
como a aurora e o por do sol em nós.
Sol e Lua temos no firmamento,
para guiar-nos na caminhada do tempo.
De que adiantaria isto, se não vemos
o por do Sol, o beija-flor e não ouvimos o vento?
REFERÊNCIA:
ALENCAR, Pedro. Exsicata: coletânea de arroubos
poéticos e outras loucaventuras alquímicas. Teresina: Gráfica Arco Íris, 2013,
116p. [Poema "Hai Kai ao Tempo", pp.101-102].
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