O BÁCULO DO MAGO
E O CALDEIRÃO DE MEDEIA
Pedro José de Alencar (2013)
Parece pequena a vida de um só,
como um dia/noite.
Continuar na vida dos outros
é enganar-se com a ilusão do amor.
A paixão é tudo para o corpo apaixonado;
fugaz momento do gozo,
parece eterno antes da madrugada chegar;
a madrugada parece eterna antes do gozo chegar.
E se ele não vem,
dia que chega é cheio e vazio,
na esperança da noite que vem.
Parece egoísta o corpo apaixonado,
faz a razão curvar-se ao seu capricho,
esquecer que existe algo mais.
E a mente? O que faz!?
Rende-se à beleza ou sucumbe na emoção,
compreende e transcende,
vibra no mesmo bordão.
Entretanto, no céu estrelado da madrugada,
os mestres clareiam e firmam
os laços de luzes
das mentes amantes.
REFERÊNCIA:
ALENCAR, Pedro. Exsicata: coletânea de arroubos
poéticos e outras loucaventuras alquímicas. Teresina: Gráfica Arco Íris, 2013,
116p. [Poema "O báculo do Mago e o caldeirão de Medeia", p.69].
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