quinta-feira, 4 de março de 2010

NOSSO SAMBA DE CUMBUCA - poema, poesia e filosofia da Comunidade Quilombola de Salinas - Piauí

NOSSO SAMBA DE CUMBUCA
Autor: Marlon Gomes.
Nome de batismo na Capoeira de Quilombo: Urubu.

Origem: Comunidade Quilombola de Salinas, município de Campinas do Piauí, Estado do Piauí - Brasil.
Março de 2010.








1.
Samba o samba que é meu,
Samba que é nosso;
É dele, é dela, é teu.


2.
Samba que sambo com alegria,
Chego até ficar tonto;
Samba que é pura magia.


3.
Samba de Cumbuca tão visto;
Tão pouco compreendido;
Não importa aonde vai,
Da mente de quem vê não sai.


4.
Samba do velho, do jovem, da criança;
Samba que é uma herança;
Ao tempo vem sobrevivendo;
E todo dia uma história escrevendo.


5.
Samba dos nossos ancestrais,
Sambado nos dias atuais;
Tocado no surdo, na cumbuca, no reco-reco;
Cantado em coro, no chacoalho do caneco.


6.
Samba de Cumbuca de Volta, de Salinas;
Samba do Município de Campinas;
Samba que, no quilombo, nasce e cresce;
Samba que alegria a todos oferece.


7.
Negra Úrsula foi a primeira,
A, no terreiro, fazer poeira;
Com a cumbuca fazia canção,
Que hoje canto com emoção.


Samba de Cumbuca do homem e da mulher;
Deseja a todos um grande axé!


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Minha profunda gratidão ao autor deste poema, que me concedeu a distinta honra de publicar sua criação neste blog.
Este é um poema que tem cor de negro, raça de negro, espírito de negro, histórias de negro, cultura, identidade de negro e de negra!
Que assim seja, que sempre foi, sempre!!!

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